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domingo, 22 de dezembro de 2013

O Amor de Nathalie



Mais tarde, Nathalie chegou em casa. Os olhos dela brilhavam mais que dois cristais refletindo os raios do Sol. Seu semblante era de puro contentamento além de um leve e sincero sorriso. Entrou vagarosamente e fechou a porta. Catherine, que estava bebendo água na cozinha, veio correndo para falar com a filha:
Nathalie! Você nem imagina quem telefonou! —exclamou Catherine.
Quem? —perguntou Nathalie.
O Kevin! Ele parecia morrer de saudades de você. Até convidei-o para o seu aniversário – disse Catherine muito entusiasmada.
Mas nós nem costumamos fazer grandes festas para o meu aniversário – retrucou Nathalie.
Ah! Mas um bolo sempre tem! Pedirei para a Diva preparar um delicioso – disse Catherine animada.
Catherine, neste momento, observou a filha com atenção por alguns instantes:
Filha. O que está acontecendo? Você tem estado tão diferente esses dias...
Diferente como? —perguntou Nathalie.
Não sei. Seu olhar, seu jeito... Você parece mais feliz. Tenho a impressão de que anda com a cabeça nas nuvens.
São os passeios vespertinos que tenho feito... Estão fazendo muito bem a mim. Respiro um ar puro, sinto o vento tocando minha pele, o cheiro das flores dos jardins por onde passo...
E por falar em flores, no seu aniversário seu pai irá presenteá-la com aquele perfume maravilhoso que você tanto gosta. Já até separou seu frasco lá na fábrica.
Que bom! Aquele perfume é mesmo maravilhoso! Agora deitarei um pouco, está bem?
Claro! Fique à vontade, minha filha!
Nathalie subiu até o quarto dela e mergulhou na cama. Abriu um largo sorriso e respirou fundo. Sentia-se flutuando. Será que toda essa alegria e bem-estar era porque Kevin viria para o seu aniversário? Claro que não! Afinal de contas, muito antes de ela saber disso, já andava muito contente.
***
Finalmente chegou o dia tão esperado. O aniversário de Nathalie surgiu com uma linda manhã ensolarada. Era um sábado maravilhoso.
Nathalie espreguiçou-se demoradamente. Enquanto isso, Catherine surge em seu quarto de maneira repentina segurando um belo maço de flores:
Olá, querida! Dormiu bem? Parabéns pelo dia de hoje! Estas flores são para você. Um garoto tocou a campainha e pediu para te entregar – explicou Catherine.
Que lindas! Quem será que mandou? —perguntou Nathalie.
Provavelmente, deve ter sido o Kevin. Pegue! Abra o cartão!
Catherine estendeu o maço de flores para a filha. Nathalie segurou-o firmemente e abriu o cartão. Ao descobrir quem havia mandado aquele lindo e perfumado buquê, a moça ficou feliz e, ao mesmo tempo, com muito medo! Seu rosto ficou ruborizado e a respiração ofegante! A mãe que estava a uns três metros de distância perguntou:
E então? É do Kevin?
É sim, mamãe – respondeu Nathalie nervosa.
Eu já imaginava! Esse rapaz é mesmo um cavalheiro! Dê-me essas flores! Pedirei para a Diva colocar em um vaso bem bonito. Quero que elas enfeitem e perfumem nossa sala!
Nathalie entregou o maço de flores para a mãe com as mãos trêmulas. Catherine saiu muito sorridente do quarto da filha. E a moça, imediatamente, guardou o cartão dentro de um livro que ela tinha na gaveta de seu criado-mudo.
Nathalie mentiu para a mãe. Essas flores não eram de Kevin. E isso poderia lhe causar um grande problema se Catherine descobrisse.

Este é um trecho extraído do romance "O Amor de Nathalie" escrito pela autora Lucyana Mutarelli. Para maiores informações sobre o livro, basta clicar nos links das lojas abaixo:





https://clubedeautores.com.br/book/156868--O_Amor_de_Nathalie#.UreE4H94Jkg

Entrevista com Victor Romário

Tivemos o prazer de entrevistar aqui o escritor Victor Romário. Autor do livro Natureza Humana, ele nos contou sobre sua vida, sua trajetória com a escrita e suas obras favoritas. 
                                                                                                                             por Luciana Mutarelli

1- Victor, como e quando você descobriu seu talento para escrever? 
Victor- E será que eu tenho algum? (risos). Fico lisonjeado com o elogio quanto ao talento, pois não me considero ter tal aptidão, mas comecei a escrever na 4ª série, em 2005, quando minha professora de português/redação pediu para que criássemos uma pequena história, cujos personagens principais fossem a união de dois animais. A minha história foi: A Aventura de Formicão (formiga com cão) e Rafante (rato com elefante). 

2- Qual seu gênero de leitura favorita?  
Victor- Meu gênero de literatura favorito é o romance. Mesmo gostando um pouco de histórias de suspense e terror, o romance é o meu preferido.

3- Tem alguma obra que você tenha gostado muito e queira indicar para os nossos leitores?
Victor- Uma obra que marcou minha infância, e cujo autor me inspira até hoje é “A Causa Secreta”, de Machado de Assis. Amo os contos e livros deste autor, mas este é importante porque foi o primeiro que me chocou com a análise psicológica dos personagens, mostrando a transformação drástica do ser humano por causa de situações comuns da vida, como um romance e uma amizade. Mas falando de romance, “Morte e Vida de Charlie St. Cloud”, de Bem Sherwood, me emocionou com o romance impossível e o drama com o irmão, recomendo este livro.

4- Onde você buscou inspiração para escrever Natureza Humana? 
Victor- Pergunta difícil de responder (risos), por que Natureza Humana surgiu por causa de um boom emocional e ganhou proporções que nem eu sei se consigo controlar. Mentira, consigo sim (risos). É que no final do semestre passado eu ia começar a escrever um conto para um livro, só que então eu passei por uma crise em meu relacionamento, que acabou terminando um namoro de 9 meses, e eu fiquei muito decepcionado com a pessoa e a situação. Quando decidi colocar toda a minha mágoa e sensibilidade naquela história que eu estava escrevendo, acabei encontrando vários elementos que eu poderia explorar mais. A ideia foi transformar aquela historinha em um romance, mas por falta de tempo, achei melhor dividir em volumes. Atualmente tenho ideia para 3 volumes, com um grande desfecho.

5- Você  tem mais alguma publicação além dessa?
Victor- Ainda não tenho mais publicações, mas terei em breve. Estou desenvolvendo, além do segundo volume de Natureza Humana, dois romances para 2014: Eu Não Consigo Tirar Meus Olhos de Você e Nunca Subestime uma Garota.

6- Além da escrita, quais outras atividades você aprecia?
Victor- Outras atividades que gosto é atuar.

7- Como você enxerga o mercado editorial hoje em dia? 
Victor- Ainda sou leigo sobre o mercado editorial, a única coisa que sei sobre ele, por experiência própria, é que está difícil participar dele (risos).

8 - Sabemos que os brasileiros, em geral, leem pouco. O que você sugere para mudar essa realidade?
Victor- Bolsa Livros? Brincadeira. Dar dinheiro para as pessoas não farão com que elas queiram ler, só vai fazer com quem ler, leia mais. O que seria interessante, além de um programa nas escolas de incentivo à leitura desde a alfabetização, acho que deve ser feito um movimento de popularização da literatura, algo do tipo como a cultura pop dos Estados Unidos, com mais teatros...aproximar a literatura do “povo”. 

Victor. Agradecemos imensamente por sua entrevista, atenção e colaboração! Desejamos muitas felicidades e sucesso com suas obras!