Uma ótima oportunidade para quem curte uma história real. O livro retrata fatos verídicos vividos por quatro amigas de colégio inseparáveis. Tudo com muito humor e descontração. Para maiores informações ou interesse em adquirir, basta clicar na imagem abaixo.
Aqui vai um trecho (degustação) do livro:
Teve um menino que
resolveu escalar as grades da quadra que eram muito altas. Ele foi
subindo, subindo, subindo... E Lu gritava:
- DESCE JÁ DAÍ,
MENINO! VOCÊ PODE CAIR! PODE SE MACHUCAR MUITO!
Mas o moleque nem
ligava. Olhava para baixo, via Lucy chamando-o desesperadamente,
sorria para ela e continuava a escalada.
Depois de certo
tempo, o menino desceu ileso. Mas a bagunça continuou. As crianças
começaram a correr de um lado para o outro e gritarem muito alto.
Lucy e Jackeline não sabiam o que fazer para conter aqueles pequenos
incontroláveis. Eis que, de repente, surge uma professora. As duas
pensaram:
- Que bom! Teremos
ajuda!
Mas não era ajuda
o que aquela professora veio oferecer. Ela chegou para brigar com as
duas estagiárias:
- O que está
acontecendo aqui? - perguntou a professora muito nervosa para as
estagiárias.
- Era exatamente
isso o que queríamos saber. Por que esses alunos não param quietos?
- perguntou Lucy.
A professora,
ainda mais nervosa, falou:
- O problema não
é dos alunos! É de vocês que estão sem habilidade para
discipliná-los.
O sangue de Lucy
ferveu e ela sentiu a raiva exalando de seus poros:
- É mesmo? E o
que a senhora sugere para acalmarmos esses alunos? Já pedimos tanto
silêncio! Tentamos ensinar Matemática e eles não quiseram dar
atenção. Tentamos ensinar Português e nem ligaram. Praticamente
imploramos por disciplina, mas não fomos atendidas. Agora só querem
saber de jogo. Tentei ensinar basquete mas não me deram a mínima
atenção. O que fazer? - perguntou Lucy perplexa.
- Sei lá! Dá um
grito – respondeu a professora grosseiramente.
Naquele instante,
Lucy pensou: como uma professora foi capaz de dar uma resposta tão
esdrúxula?
A professora ao se
dar conta da besteira que disse, resolveu dar outra resposta. Pediu
para que Lucy rezasse para uma santa. Só não lembro o nome da tal
divindade, mas a educadora garantiu que era a padroeira dos
professores.
E Lucy rezou! É
claro que ela não se ajoelhou no meio do pátio, uniu as mãos em
prece e rezou! Não! Ela apenas pediu mentalmente para a santa
acalmar aquelas terríveis crianças. De repente, Jackeline toca em
seu ombro e diz:
- Lu. Estou indo
embora.
- O quê? -
perguntou Lucy assustada.
- Eu vou indo. Não
faz sentido ficarmos nós duas aqui.
- VOCÊ VAI ME
DEIXAR SOZINHA COM ESSE MONTE DE ALUNOS TERRÍVEIS? - perguntou Lucy
desesperada.
- Não fique
assim, Lu. Eu aqui não consegui te ajudar em nada. É melhor que
apenas uma de nós fique.
- Sei... E essa
“uma” tem que ser eu? Tudo bem... Vá! Amanhã a gente se vê –
Disse Lucy desanimada.
Jackeline
despediu-se de Lucy e foi embora.
Lucy observou os
alunos e percebeu que eles estavam mais calmos. Conversavam baixinho
entre eles, faziam brincadeiras mais tranquilas e silenciosas... Daí
ela pensou:
- A reza que fiz
deu certo!
A professora que
havia reprendido as duas estagiárias, aparece novamente e pergunta
para Lucy:
- Você viu só
como agora as crianças ficaram calmas?
- Sim... Eu
percebi...
- Você viu só
como deu certo rezar para a santa? Agora as crianças estão mais
quietas e brincando tranquilamente. E com isso, você também acaba
ficando mais calma.
- Sim! Com
certeza! Agora estou bem mais calma – respondeu Lucy.
- Que bom!
Mas logo acabou o
estágio e Lucy voltou para a casa. Chegou com muita dor de cabeça e
foi se deitar.